VIRGULA
Guardo dentro d' alma tantos universos,
Que me parece incerto me afastar de mim
E olhar por um prisma de descrença a vida por fora.
As forças ocultas de meu medo subliminar,
O obscuro do mistérios e desejos suprimidos
Dentro de cada segredo ou ilusão
Afloram-me a vontade deformada e impura.
Em uma vírgula de existência
Encontro-me só
E ao mesmo tempo,... Tão plural.
Neste lamaçal cósmico de emoções,
Não vivo o caos, ânsias ou decepções
Passeio serenamente neste oblíquo céu.
Entre Marte e Vênus, entre luas e véus.
Finco minha bandeira, faço minha cena
Desbravo meus mundos, adono-me de mim:
Caçadora de esperanças nas dobras do destino.
By Nina Costa, in 28/04/2021. Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil.