"Poesia não paga divida!"
Minha poesia não paga a minha dívida.
A minha poesia é somente um escape
Onde eu transformo o que é feio em belo!
A minha poesia é somente uma ponte
Uma ponte que me transporta para um horizonte mais bonito!
Uma ponte que atravesso ligeira e volto a ser menina.
E canto, e rio!
A minha poesia é que abafa o meu grito!
É onde se desfaz o nó na minha garganta!
Onde minha arrogância se faz ternura!
É na minha poesia que eu falo
Das dores do mundo, das guerras
Do lixo que há dentro de mim
E do tesouro que encontro em ti.
A minha poesia não é melhor
Do que a poesia que vejo no olhar da criança
A quem empresto algum carinho!
Minha poesia não paga a minha divida
Nem aluguel, nem combustível!
E só faz aumentar
A divida que é eterna!
Pois, de certo que me eleva
Me estreita o caminho onde confesso
Os meus pecados pra Deus!
È na minha poesia que não tem preço!
Dádiva que não mereço!
Que se faz maior
Minha aliança com “os céus”!
A minha poesia não paga dividas.
Nem tira dúvidas
E se rola uma lágrima
Se abre-se um sorriso
Impagável se faz
Já que eu sinto comigo a presença do Pai
E é por isso que a minha poesia
Tão banal e que não paga dividas
Se fundamenta no preço que Jesus por mim pagou
Em minha poesia eu busco e tento expressar
A essência desse amor!