Desânimo da Alma

No desassossego que alma ressoa

A mente que irradia impaciente

Os versos sem sentido ecoam

Não completam uma linha sequer somente

Não percebes minha amada! Veja pela aresta

Como os vagos dos meus olhos estão profundos

As noites que tinha de delírios o sol desperta

Inquietando me em um pavor resoluto

Hoje! Já não sou mais eu como outrora

Não consegues ver o tamanho espanto?

Na noite cantava versos e esperava o irradiar de Aurora

Agora com ombros arraigados perdi-me o encanto

E nos murmúrios desconfiados a rosa murcha na capela

Lembro dos momentos em que uma garrafa de vinho alegrava-me

O perfume barato com que se banhavam as donzelas

Ficaram no passado em um momento que inspirava-me

Os meus versos já perderam o sabor para vida cantar

As estrofes ficaram vazios em silêncio sepulcral

A mente esquecida tenta ao menos se inspirar

Mas o desânimo de minha alma cala-se no final

Davi Freitas - 26/04/21

Kaynne
Enviado por Kaynne em 26/04/2021
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