Assombro

No tempo de se saber

Que nada se sabe

No tempo de aprender

Que nunca se aprende

Se a dor, o riso subtraísse

E o fel açucarado ficasse

Se o sal, o mar elidisse

E um oceano doce eu visse

Da dúvida, eu tripudiaria

Do medo...

Bem cedo,

Com o corpo solto, dançaria

Sem trava qualquer que me inibisse

Coisa nenhuma que houvesse

Em sonoras “gargalhices”

O vento meu grito ouvisse.

E em eco respondesse

__Abre a tuas asas, que eu te levo

Num voo de andorinhas

Abrindo as portas do céu

Rasgando as páginas da ignorância.

Um aprendiz incompleto

Num desfazer de distâncias

Em braços abertos de afetos

JANET VITAL
Enviado por JANET VITAL em 26/04/2021
Reeditado em 12/09/2024
Código do texto: T7241852
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