Assombro
No tempo de se saber
Que nada se sabe
No tempo de aprender
Que nunca se aprende
Se a dor, o riso subtraísse
E o fel açucarado ficasse
Se o sal, o mar elidisse
E um oceano doce eu visse
Da dúvida, eu tripudiaria
Do medo...
Bem cedo,
Com o corpo solto, dançaria
Sem trava qualquer que me inibisse
Coisa nenhuma que houvesse
Em sonoras “gargalhices”
O vento meu grito ouvisse.
E em eco respondesse
__Abre a tuas asas, que eu te levo
Num voo de andorinhas
Abrindo as portas do céu
Rasgando as páginas da ignorância.
Um aprendiz incompleto
Num desfazer de distâncias
Em braços abertos de afetos