Dia de praxe...
Ando pelas ruas desertas sem fronteiras
Rostos imaginários falam de amores perdidos
Sou só o reflexo de minhas imposições imperfeitas
Semblante cansado por, mas um dia de derrotas.
É como chegar em casa encontrar um espelho
Que difere a realidade de meus dias inconstantes
Carrego em mim uma afinidade que desconheço
Entrego-me as reflexões perdidas com o tempo
O sol este se pondo, não vejo sua imagem nua
Apenas o relógio me avisa com o seu poderoso badalar
Que a noite chega sem o presságio dos anos passados
Deito em meu leito para o merecido descanso...
Ele me recorda, grita meu nome o sol já nasce
Levanto para o olhar indiscreto do tempo
Minha luta jovem já não satisfaz meu ego cansado
O dia começa lento, quebro as barreiras do pão
Passam-se as horas perdidas em contato com meu eu
Falta a vontade de lutar por meus conceitos
Hora já não corro mas sozinho, como viver sem isso
Encontro a companheira para um cafezinho, choro...
Novamente olho no espelho, penso estou mas velho
Os pensamentos me isolam da realidade da vida
O relógio com seu riso constante, a noite chega
Não vi o por do sol, apenas sei que ele se pôs.
Vou apenas passando pela vida sem nela nada entender
Caminho a passos lentos sem vontade reclamo!
Mas contenta-me com o respeito da mulher amada
A companheira desculpa minhas atitudes sem sentido
Não ouço o badalar das horas, o relógio não avisa
O sol não se pôs, a noite renegou-se a sair
Não deito mas em minha cama, estou só mais feliz
Agora entendo a vida sem enfrentar um dia de praxe