OUTONOS
Os outonos da vida se repetem
Desfolham-se as copas do ímpio tempo
Em um silencioso tom de cores amarelas
Nas memórias que bailam ao pensamento.
Levando as folhagens e as histórias,
Antigos amores e novas paisagens
No enredo desta calma e longa estrada
E os fruto destes sonhos agridoces.
Os poemas deste livro desfolhado
As páginas que o tempo arrancou
São memorial de um passado marcado
Das cicatrizes que a lembrança vincou.
Outonal é esse silêncio, esta saudade
Que se espalha dançando pelo ar
Santa e leve, frugal e serena,
Feito um poema sem autor, solto no olhar.
By Nina Costa, in 24/04/2021. Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil.