O RIO DA MINHA ALDEIA
O Paraíba do Norte
É o rio da minha aldeia.
Outrora tão caudaloso,
Tão valente e poderoso
Quando ele dava uma cheia!
O Paraíba do Norte
É o rio da minha aldeia.
Onde eu pescava piaba,
Tilápia, camarão,
E fazia poços no chão,
Brincando na sua areia.
O Paraíba do Norte
Tinha água boa, consumida,
Foi rio cheio de vida,
Foi palco da minha lida,
O rio da minha aldeia.
Mas agora está morrendo
Por ganância desumana
Que no seu leito campeia.
Como posso ter conforto?
A saudade faz-se o porto
Do rio da minha aldeia!