DIVINDADE

O trem que passa carregando minérios

não saberá de ti, carregando mistérios,

tua confluência com a lua no deserto,

nem teus pensamentos, por certo...

És a divindade moderna, esfinge e oráculo,

santa em terras profanas, tabernáculo,

sabe das dores de mundo, da resiliência

dos estóicos nascidos sob o signo da ciência...

Descrevo-te em passagens por entre

colunas de fogo e estátuas de sal;

bento é o teu imaculado ventre,

guardado para um deus sideral...

Habitas o inconsciente da humanidade

pulsando o livre arbítrio do sangue;

coabitas com o sumo da verdade

no tempo de sua divindade...