Inércia

Inércia

Deixar-me estar numa cadeira livre

Só o corpo ali descansado

A mente divagando

Pelo imenso espaço interior insondado.

Só assim permanecer

Livre de pensamentos

Da dor do sentir

Sem nem saber como são seus sentimentos.

Não sei como ali cheguei

Foi de mansinho

A cada passo dado na vida

Bem devagarzinho.

Há um certo torpor

Quando se pensa em tudo que se fez

Tentamos esquecer tudo

E nem mesmo queremos pensar na dor.

Ah! Vida que segue

Como és ingrata!

Não percebes que fiquei aqui

E não quero nem continuar?

Quero simplesmente estar aqui no sofá inerte

Sem pensar, sentir, ou avançar

Somente encostar e ficar

Sem espaço ou tempo para me rondar a mente.

Francilangela Clarindo

21/04/2021

Francilangela Clarindo
Enviado por Francilangela Clarindo em 21/04/2021
Código do texto: T7237512
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