Abril
Eu baixo as cortinas, apago as luzes,
De cabeça baixa, repito a frase,
Me perco no verso e desconverso,
Imito o quase,
Ou todo o universo.
E é quase abril...
As cenas são decoradas, sufocadas
Na contramão, Diálogo sutil
No porta retratos, na mesa antiga,
As mãos estão dadas, amparadas
Não há despedida.
Saio do palco e
Salto
Pela janela
De onde a realidade é de asfalto,
O espaço é meu
E a morte é singela.