A faca só dura enquanto dura o corte.
Pede prá amolar,
Pede prá amolar.
 
Solta a voz!
O pobre quer falar!
 
É quando o sonho a vida acaba,
É quando a força, agora se revolta,
Enquanto o rio segue rasgando a margem
Nenhuma imagem na rua deserta.
 
Se estiver certa essa tal da Lua
A noite nua não será escura
Na pura imagem da candura.
 
Mas não, não sabe,
Quem pensa na beleza
Do corpo posto sobre a mesa.
 
A sobremesa é farta gula desonesta,
O que não presta sempre surge
Ne imensa flor da madrugada.
 
Armados de foices e espinhos,
Sozinhos, cada um com seu veneno,
Embriagados na incerteza.
 
A que servem tantas tolas cabeças
Na desonra de quem tece as bandeiras?
 
De que maneira agem os afoitos
Que logo estarão mortos
Sem nenhuma faca para amolar?

 
Mário Sérgio de Souza Andrade – 18/04/2021
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 18/04/2021
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