SEM TÍTULO
(Ps/534)
Viver dói. Porque ser
É complexo, complexo
De se ser.
Pensar com consciência
As decisões fluem como
A brisa do mar que
Passa pelo pensamento
Deveras salgada,
Muitas vezes, porém,
indiferente e análoga.
Das minhas guerras
Cubro sonhos mortos
Sem sombras.
Reconheço falhas
As repasso à mente e
Às vagas nuvens
Do horizonte.
Existo, enfim, num vazio
Sem imaginar o amanhã.
Ouço a noite, o passar do vento
Que assusta-me um tanto
Sem amparo real e
A falsa teia tece e tece...
Around me!
A noite é fria, cessa o vento.
Imagens e inconsistência
Regem uma loucura instantânea.
O mundo está alheio, ao que sinto
Agora. Existir, importa,
Mesmo sem confluência humana.
Perscruto então a aurora
Para trazer-me a calma
E confinar a alma
Ao abrigo e por certo
Terei as perdidas alegrias
Daquele tempo impreciso
De tédios sonolentos,
De vaga douçura e valia.
Viver d' esperar é
Amargar a vida
No cansaço de existir!
(Ps/534)
Viver dói. Porque ser
É complexo, complexo
De se ser.
Pensar com consciência
As decisões fluem como
A brisa do mar que
Passa pelo pensamento
Deveras salgada,
Muitas vezes, porém,
indiferente e análoga.
Das minhas guerras
Cubro sonhos mortos
Sem sombras.
Reconheço falhas
As repasso à mente e
Às vagas nuvens
Do horizonte.
Existo, enfim, num vazio
Sem imaginar o amanhã.
Ouço a noite, o passar do vento
Que assusta-me um tanto
Sem amparo real e
A falsa teia tece e tece...
Around me!
A noite é fria, cessa o vento.
Imagens e inconsistência
Regem uma loucura instantânea.
O mundo está alheio, ao que sinto
Agora. Existir, importa,
Mesmo sem confluência humana.
Perscruto então a aurora
Para trazer-me a calma
E confinar a alma
Ao abrigo e por certo
Terei as perdidas alegrias
Daquele tempo impreciso
De tédios sonolentos,
De vaga douçura e valia.
Viver d' esperar é
Amargar a vida
No cansaço de existir!