Delicioso adeus?

Miserável eu

Imaginando o doce vento de teu farfalhar

A doce voz do canto

O simples olhar convertido em pranto

Iludindo-me tanto

Sem nenhuma pausa sob o cálice

Vertendo goles inebriantes

Ao liquido tóxico de tuas miudezas constantes

Dando-me tão pouco

Sou louco por mais

Incapaz de abandonar a tristeza que alimenta o sistema

Tal rudeza a constipar-me

Sou entalhe mórbido de mim

Desquitado do amor

Que me consome assim

Dou adeus ao baile majestoso

Em que danço já cansado

Num salão tão amargo

Quanto vil e abastado

Tens teu par, cansando-te o passo

Tens seu cais, seu caminho, seu compasso

És completa

Se não sois, desejo que sejas

Longe de meus olhos, entregue ao mundo tua destreza...

Ruan Ferreira
Enviado por Ruan Ferreira em 15/04/2021
Reeditado em 15/04/2021
Código do texto: T7232865
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