Delicioso adeus?
Miserável eu
Imaginando o doce vento de teu farfalhar
A doce voz do canto
O simples olhar convertido em pranto
Iludindo-me tanto
Sem nenhuma pausa sob o cálice
Vertendo goles inebriantes
Ao liquido tóxico de tuas miudezas constantes
Dando-me tão pouco
Sou louco por mais
Incapaz de abandonar a tristeza que alimenta o sistema
Tal rudeza a constipar-me
Sou entalhe mórbido de mim
Desquitado do amor
Que me consome assim
Dou adeus ao baile majestoso
Em que danço já cansado
Num salão tão amargo
Quanto vil e abastado
Tens teu par, cansando-te o passo
Tens seu cais, seu caminho, seu compasso
És completa
Se não sois, desejo que sejas
Longe de meus olhos, entregue ao mundo tua destreza...