Das coisas tais quais me engasgam:
Quero lhe falar algumas coisas que me engasgam.
Engolir seco e não te falar nada.
Ver você com outros poréns me mata.

Coisas que me engasgam;
Te ver amando outras razões
e não me escolher
me encolhe.

Me afogar no trabalho pra te esquecer,
me distrair pra não me aborrecer
com as frustrações que me contém,
que me convêm.
Olho pra noite, pra lua, tudo parece tão insignificante.
Você não tem bula.

irremediavelmente te ensolaro,
irremediavelmente te consisto em vários pedaços de mapa.
Dos quais eu junto, como um pergaminho, te decifro.
Te torno meus sentidos mais apurados em uma sutileza relevante.Te encontrar nesse mundo gigante foi a aposta mais arriscada que joguei.
Algo bate aqui, tento me distrair, mas algo bate aqui.

Antes eu te via como uma irmã para mim.
Hoje meu peito acelera, as palavras não saem.
Antes você era só uma amiga.
Hoje eu não suporto te ver sozinha
e não há um dia que não pense em te falar
tudo o que eu sentia.
E Deus, escuta o peito dela ronronar à noite
e que a proteja de todo o mal que fosse.

Como seria se eu te falasse
que gostaria de tomar um café ou um vinho com você.
Comer aquele seu bolo de cenoura
e discutir quais filmes na internet a gente vê.

Sou qualquer coisa que não sei saber ser.
Eu não sei ser tudo no meio do nada por você.

Eu não sei ser nada. E nunca vou ser nada.
Eu penso no teu pijama, em todos os seus contornos que me visitam nas noites em que não peguei no sono.

Quero te olhar e dizer que não posso mais te ver de outra forma.
Talvez a gente nunca saia,
mas como dizia Maia: Eu amo você, menina.