PERDIDO NA NOITE.
Há um rosto perdido na noite,
não sei se devo encontra-lo ,
há entre a noite e eu um vazio,
uma lacuna a completar.
Apalpo uma estrela solitária,
meu pensamento orbita
entre o corpo sóbrio e alma ébria,
tudo pede voos e mergulhos.
Destaco de tudo a arte
de uma flor que ocupa um vaso,
dela deleito e me aprazo,
como um homem Colibri.
A noite é uma estrada
onde vaga uma alma perdida,
mas como alcança-la
se os passos são curtos e lentos.
As mãos abrem a noite e a garrafa,
a alma sobre o copo a meditar,
mergulha o homem em aflição,
querendo o rosto alcançar.
Mas a noite está escura,
a única estrela de mim fugiu,
corta me o peito a lança fria,
sangra a alma a resistir.
Sofre o pobre em lamento,
amanhece triste a suspirar,
segue o rosto na noite escura
vaga o homem a lhe procurar.