Em tempos de obesidade mental, carecemos de ouvidos ligth

Emaranhados de infoxificações adiposas

Tacanhas, sorrateiras

Que se alastram pela grande teia universal

Nesse plano tridimensional

Tamanha são as suas efervescências

Quiçá, alvoroços

A interação de formas-pensamentos contaminados, fazem reverberar

Ca-co-fo-ni-as

São ruídos longínquos

E, ora próximos

Que não foram integrados

Dissonantes, inconscientes, cristalizados

Permeiam, e fazem as almas ecoar

São tempos de obesidade mental

E, carecemos de grandes ouvidos

Ouvidos ligth,

Pois, a verdade só sussurra

Que tenhamos ouvidos humanizados

Sem carapaças

Presunções

Projeções

Julgamentos

O plano material, torna-se caótico

São muitos holofotes, para poucos ouvidos

Muito barulho, para pouco silêncio

Muitos par-ti-dos, para pouca união

E nessa profusão de ideias distorcidas

Incutidas no imaginário coletivo

A cura está na escuta vulnerável

Na linguagem uníssona

Sensíveis a todas essas imundícies...

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 07/04/2021
Reeditado em 28/01/2022
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