Em tempos de obesidade mental, carecemos de ouvidos ligth
Emaranhados de infoxificações adiposas
Tacanhas, sorrateiras
Que se alastram pela grande teia universal
Nesse plano tridimensional
Tamanha são as suas efervescências
Quiçá, alvoroços
A interação de formas-pensamentos contaminados, fazem reverberar
Ca-co-fo-ni-as
São ruídos longínquos
E, ora próximos
Que não foram integrados
Dissonantes, inconscientes, cristalizados
Permeiam, e fazem as almas ecoar
São tempos de obesidade mental
E, carecemos de grandes ouvidos
Ouvidos ligth,
Pois, a verdade só sussurra
Que tenhamos ouvidos humanizados
Sem carapaças
Presunções
Projeções
Julgamentos
O plano material, torna-se caótico
São muitos holofotes, para poucos ouvidos
Muito barulho, para pouco silêncio
Muitos par-ti-dos, para pouca união
E nessa profusão de ideias distorcidas
Incutidas no imaginário coletivo
A cura está na escuta vulnerável
Na linguagem uníssona
Sensíveis a todas essas imundícies...