MEDO
O medo é fruto do conhecimento,
nasce da vivência experimental,
prende-nos e enleia como a mosca
enredada no fio da aranha mortífera.
Vã é a tentativa de desvencilhar-se,
Mas, de vivências pode nascer a libertação,
em verdades diversas, experiências vividas,
aprendizados anteriores de boas lições.
O pulsar em nossas veias, latente
dirá se devemos enfrentar o temor
ou fugir dele sem desamarrar fios,
mantendo, assim, o olhar de pavor.
Desta forma, o vibrar de outrora
traça as consequências do existir,
feito a sopa que esfria no prato
e separa a gordura coagulada.
A noção do insalubre liberta-nos
das doenças ameaçadoras e tristes
deixemos, pois, o medo fora de nós
agregado à gordura solta da sopa.
Dalva Molina Mansano