Alquimia Poética
Deparo-me com uma nitidez tremenda,
Do que sem dúvida é,
A mentira.
Expressa por uma observação puntiforme,
Ao que me levou a uma lei geral.
O olhar para o outro
(Na posição autoproclamada?)
Na busca de sua aprovação,
Função exercida,
O agente passivo,
O objeto.
Me deparo com a mentira,
E em epifania percebo,
Que pela lei do contraste
Há um alamarte
De sapiência,
E que pela invisão
Se fazia extremo
E iminentemente haveria de tocar em outro.
O pêndulo havia de me levar
A onde deveria;
O ritmo não há de cessar
Até que a última consciência se depare com a aparência
Do existir.
E que há de fazer poesia,
A verdadeira arte da vida,
E que a música seja nítida,
E consisa,
Dada as suas premissas.
O equilíbrio não como meio entre extremos,
Mas como o mais elevado,
E tantos saberes que me espremem
A admitir o evidente.
Há tantas harmonias a refletir,
Há tantas figuras rítmicas a exprimir,
E só em dois,
Ou melhor,
Um,
É o que se faz como causa sui,
Pois o não-ser não é,e não pode ser.
E a dialética só existe em uma aproximação investigativa,
Tomando por base o contrário,
Porém,
Os opostos são idênticos em natureza,
Diferentes apenas em graus,
Ou como queira assumir,
O spin para uma formulação matemática,
E do movimento contínuo;
Princípio da incerteza.
Não há mística,
Pois tudo jaz evidente
Na mente
Daquele que consegue enxergar.
Ir além na ciência se faz em rupturas
De paradigmas,
E a vida
Não seria mais complexa?
Intuído muito antes,
Até que transmudassem em formalização matemática,
E o que sobrou de tudo isso?
Medo do mistério.
Há de se dizer que fazia-se mais gênios antigamente,
Porém,
Faziam-se ao deixarem
E deixavam-se(O ego)
Ao realizarem-se
Como humanos.