A TI, QUINTANA!

Nadir Silveira Dias

Sei que ainda olhas

O mapa da cidade,

De rua encantada,

Do Brique, da Redenção,

Teu Hotel Magestic,

Da tua Casa de Cultura.

Sei que ainda tens ação,

Aonde estás,

Poetizando, teu "Cântico",

Vibrando, dolente, "Pra que partir?"

Levando encanto, versos, poesias,

A antigos e novos irmãos.

Falando da vida, da morte,

(Que agora sabes ...

... ser apenas do corpo)

Como aqui fizeste,

E como aqui mesmo disseste:

- "Eles passarão ... eu passarinho!"

Tu não passaste, nem passarás.

Teus Quintanares criam ares,

Permeiam olhares,

Amenizam dores,

Remexem ardores,

Relembram amores!

E eles - quem sabe?

Onde estão? Onde estarão?

Enquanto tu, talvez,

Tenhas até encontrado

A rua encantada

Da tua Porto Alegre,

Que nem em sonhos

(Aqui) sonhaste ...

Sei que ainda olhas ...!

Nadir Silveira Dias
Enviado por Nadir Silveira Dias em 16/11/2005
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