O Silêncio
O Silêncio fala mais que tudo.
É um Senhor disfarçado em mudez
Que transpira gotas de lágrimas
E dor calada que só pode ser lida
Nas entrelinhas doutro coração semelhante.
Não adianta perguntar a causa.
Nem cutucar a ferida.
Só o tempo verte bálsamo eficaz.
E o remédio é esperar.
Senta junto, como fiel ouvinte capaz
Tirando da ocasião lições de amizade e paciência.
No mais, verte junto lágrimas, aspira o ar triste do
momento.
Lembra que a tristeza, assim como a vida
Obedece aos ciclos.
Um dia vai,
para que outro venha.