Desprezo
Paixão que nasceu pura
Mergulhou na indiferente
Boca tua, que de repente
Com palavras me tortura.
Lábios meus tristemente
Inda assim apenas murmura,
Poesias de amor e doçura
Declamadas a ti brandamente.
Porque mulher o teu nome
É dor no peito que consome
As esperanças da longa espera,
O teu amargo e vil desprezo
Na angústia me deixou preso
E matou em mim a primavera.