Deparar-se
Como eu queria tal doçura da vida
Que me faz poesia
Até
Debaixo d'água.
Como eu queria tal epifania
Que de tanta formosura
Faz da flor
Alegria.
Como eu queria da vida,
Vida.
Como eu queria tal simetria
Que faz deste poema algo a mais do que tipologia.
Como eu queria...
A harmonia como o final do processo,
Discípulos apressados
E mestres sábios.
Como eu queria...
Como eu queria que a minha auto-crítica não fosse tanta
Alto critica
E tão
Vida.
Como eu queria...
Que tantas outras coisas não fossem também
A vida;
Como eu queria,
Queria e eu...
O mundo,o meu desejo logo eu,
Tal ligação e dependência simétrica
Que de tão destrutível;
Vida.
A vida não espera nada,
E eu ainda escrevendo esta poesia.
Jacosamente autores me aparecem
E a vida apenas...
E mesmo assim nenhum silêncio sintetiza a vida,
E a vontade continua a persistir,
A me importunar.
Como eu queria da vida algo a mais do que vida,
Porém,os milagres que ela nos mostra,
Só nos mostra
A nossa mediocridade.
Como eu queria...
De todas as formas,
Logo uma não geométrica
Para o nosso ser
Sentimental,
Animal.
Como eu queria...
Quando do escopo foge,
Apenas nos mostra um vislumbre de uma possibilidade,
E nos tira novamente do "conforto";
A vida faz da gente brincadeira
Ou um joguete do qual o sentido cabe a nós.
Não,
Da vida eu não espero nada a mais do que ela pode nos oferecer,
Para com a vida eu digo não a toda esperança,
E ignoro
A todas as suas provocações,
Da vida
Apenas a vida.
Não é ataraxia,
Esqueçam os conceitos,
Da vida apenas
Vida.
Esqueçam todas as místicas,
O universo não é mental,
Atribua a mente descontínua,
Ao acaso e a esperança do jogo
Da vida.
Da vida
Apenas...
Vida.