As Escuras
Por certo senhor/
Os dias estão escuros/
Sob domínio das Dores/
Sobre o colo das lágrimas/
Vivemos e morremos nos algozes do caos/
Assistindo a paz exaurido/
Aprisionados nesse mundo carnal/
O Mundo desses imorais/
Que ditam regras desiguais /
Forjando os olhos com engodos/
Embora flores ainda vicejem no jardim/
Vemos a ferida aberta/
E as mãos pervertendo a certeza/
Dessa vereda humana/
A sensatez é insana/
Aí somos obrigados a ouvir os gritos de liberdade/
Descompromissado com a razão/
Pelo querer do poder/
Pela deformidade da ordem/
Pela ignorância dos filhos/
Assim a esperança/
Já nascerá morta/
E os rumos de um futuro/
A cada dia só adoecem/