Pot-pourri

É o meu guri,

Chico.

Meu rebento,

Gil,

“O coração dizendo: Bata”,

Amor que brota

Lá de dentro,

Refazendo tudo,

Dizendo “renda-se!”,

O verso mais

Bonito da canção.

É a descoberta

Dos sons.

Música se faz,

Ao escovar os dentes:

rec, rec,

Xiquexique!

Das letras:

Ê, meu ABC...

“Vamos brincar!

Que som dá?”

Do globo

Da sala

Alçou voo

Na Asa Branca...

É longe

Da Terra ao

Espaço?

À curiosidade

Basta um passo.

“Júpiter tem luas,

Sabia, mamãe?

Europa, Lo,

Ganímedes,

Calisto...

Eu, quando crescer,

Vou ser.

Explorador do espaço,

Cientista de órgãos...”

Então, meu filho,

começa por aquele

Comboio de cordas

Que se chama

Coração,

Que é preciso

Ser muitas,

Evocar poesias,

E canções

Para amar

Tanto,

Sem restrição.