Sem Asas (...)

Que contornem,

As minhas dores,

Em lágrimas secas no olhar,

Se ao menos visses,

A minha alma a chorar,

Não ousaria usar tal palavras,

" Não partas sem mim "

" Não apresses o tempo assim"

Nesse silêncio pactuante,

Derivado de cada instante,

Ao sanar as feridas do amar,

Qual tempo a esculpir ventos,

Qual brisa, acariciar sentimentos,

Qual onda não é digna do a(mar),

Na crase da emoção,

Perdi o fôlego da inspiração,

Ainda que tivesse prazer de senti-las,

Seria sem noção,

Não gemem os versos,

Divergem palavras,

Em sessões de masturbação,

Sem toques convexos,

Distam os fonemas, na sentença da interjeição,

Sem vontades expressas,

Ou lânguidos suspirantes,

Antes o voo rasante

Da ave sem asas.

Que se desvenda na bruma da aurora da dor (...)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 25/03/2021
Código do texto: T7215351
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