Sem Asas (...)
Que contornem,
As minhas dores,
Em lágrimas secas no olhar,
Se ao menos visses,
A minha alma a chorar,
Não ousaria usar tal palavras,
" Não partas sem mim "
" Não apresses o tempo assim"
Nesse silêncio pactuante,
Derivado de cada instante,
Ao sanar as feridas do amar,
Qual tempo a esculpir ventos,
Qual brisa, acariciar sentimentos,
Qual onda não é digna do a(mar),
Na crase da emoção,
Perdi o fôlego da inspiração,
Ainda que tivesse prazer de senti-las,
Seria sem noção,
Não gemem os versos,
Divergem palavras,
Em sessões de masturbação,
Sem toques convexos,
Distam os fonemas, na sentença da interjeição,
Sem vontades expressas,
Ou lânguidos suspirantes,
Antes o voo rasante
Da ave sem asas.
Que se desvenda na bruma da aurora da dor (...)
(M&M)