COURTNEY

Taciturna,

puta,

lacrimeja um cântico,

romântico,

germânico,

de notas colossais.

Seus sírios colados,

sujam o rosa piso:

ladrilhos limpos,

sujos dos meus quintais.

Sua boceta lilás!

Mas como vem

sob influência de obsessivas idéias,

fixe!

Me pragueja na macumba

e tantas, tantas liturgias!

Não obstante,

hoje não há magia!

Assim,

cordato que sou,

ainda lhe chamo à uma orgia!

Contanto,

Courtney,

diga não me amar mais!

Fique aí a roer unhas,

procurando na loucura,

anfetaminas, sabedoria!

Em pouco tempo

lhe chamo de TIA.

RODRIGO PINTO
Enviado por RODRIGO PINTO em 03/11/2007
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