VERSOS ESPARSOS (107)
Q U E R O
Nestes tempos
da história
vamos todos
vigiados
pela rosa-dos-ventos
pequenos fragmentos
voláteis
quase
volúveis
pensares
dispersos
ou mesmo nenhuns
quero distância
do turblhão
da informação
frenética
a minar
a imaginação
quero
um cadinho
meu cantinho
o silêncio
a solidão
quero
o caminho da luz
da paz
da mansidão