Densas nuvens, aves voam
mais alto que a imensidão.
Há um cinzento abismo...
Que purga neste céu avelã...
Dele, ouço coligir arrepios,
toda impropriedade malsã.
Não merecia estar aqui,
vertigem posta em ecrã.
Do alto então, precipito.
Sem tempo à covardia.
Noite após dia, meu rito.
Arrojo, ao zunir ventanias.
Rio de Janeiro, 24/03/21.