O retirante

Recolho-me ao vórtex

Circulador da inexistência

Não mais responderei

Quaisquer recado

Em meu túmulo

Não jogarão flores

Pois já me perdi

E ninguém irá ouvir

Habito agora

Apenas entre os grilos e as cigarras

Em noites enluaradas

Por demais iluminadas

Eu grito na boca

Da cisterna profunda

E obtenho o eco infinito

Suspiro da bela criação

Diogo Nascimento Oliveira
Enviado por Diogo Nascimento Oliveira em 23/03/2021
Reeditado em 24/03/2021
Código do texto: T7214208
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