Genocídio
Genocídio
A realidade cruel trás lembranças do inferno,
O mal tem seus comandados por aqui,
A noite vem silenciosa e fria
Mas ninguém dorme sem chorar
A tormenta do que virá não nos deixa dormir.
A peste, o caos, a fome
Há um genocida por aí
Já alertaram
Já gritaram
Pintaram seu rosto nos postes
Nos muros
Projetaram seu vômito
Nos esgotos mais nojentos da rua
Mas, é conveniente deixá-lo
No canto indevido
Sentado, de cócoras
Gargalhando e nu
Na poltrona quente
Que não lhe cabe
Que não sabe
Usa errado todo dia
Mas rende moedas
Sujas de sangue e dor
Para alguns
O mundo se afastou
Fechou as portas
Restamos nós aqui
Trancados
Com um doido violento
No escuro
E com uma faca amolada nas mãos.