CIDADE
CIDADE
Na cidade onde me escondo
Onde muros guardam tragédias
Onde nada se vê ou ouve
O destino segue oblíquo
No falar inaudível sem cumplicidade
Há desejos debruçados nas janelas
Há prantos cheios de angústia
Pela felicidade interditada
Que antes era repetida
O mundo lá fora apenas notícias
De muitos nomes marcados
Nas pedras que pisamos
Imorredouras
Não como nós
Passageiros no crepúsculo de um
Tempo atemporal