E por medo

Sinto medo de sempre ser só.

Nesse momento não me é ruim

Me delicio muitas vezes da oportunidade de ser

Bailar comigo

Saborear os prazeres de minha companhia

Sempre eu por mim mesma.

Esconder ou negar de sentir profundo Medo de estar só na vida

Quem sabe em 20 ou 30 anos.. Não posso!

Não é defeito

É só a falta!

Anseio de dividir

Ter um porto

Saber pra onde voltar

Um peito pra descansar os desabores do dia

Aperta o coração, algumas madrugadas

Essas que fico a pensar que não chega

Que está longe

Que talvez não apareça, nem pistas pelo caminho

Tento consolar-me, pensando nas partes boas de me manter assim..

Eu sei, há muitas!

Mas elas ainda não ajudam tanto... o medo reaparece.

E isso lhes escrevo quando ainda me toca a pele, o alto de minha juventude

Eu tenho medo que ela se esvaia

E que sobre só eu

E eu não sei se o que sobra

Ainda será capaz de fazer com que alguém, queira ser dois

Construir parede e fazer morada

Me acostumei tanto a solidão que agora os fantasmas da mesma me assombram

E por medo, e desse medo...

O meu medo é nunca conseguir escapar