Tempo em que Merthiolate ardia...
Sonhei que o relógio retrocedeu
pelo menos sessenta anos,
caminhávamos despreoucupados
pela Avenida dos operários,
construída de casas simples,
paredes brancas e portas verdes,
acordar cedo para evitar
o tráfego de bicicletas...
o quão hoje me entristece a ausência
de resquícios daqueles trilhos
que não existem mais...
por fim seria incrível brincar
de equilibrista, levitando as mãos
como se voasse-mos
mas sempre atento ao chão...
pois naqueles tempos o Merthiolate...
Ah! Ardia pra valer!
esse poema foi uma breve parte
de incansáveis histórias que ouvi da minha Vó,
sobretudo quando a energia elétrica acabava e nada
se podia fazer, a gente precisava respeitar!