A almirante e o Mar

Apátrida, tu és

Mulher sem lar

Ainda procura chão pra por teus pés

Mas por enquanto só, borboletar

Sonhas com o horizonte

Não estar, é um fetiche

És ambulante

Mas usas máscaras de papel machê

Te imagino velejar

Um belo barquinho, um pôr e só

Agradece não precisar

Pensar no teu nó

Veja, curiosamente

É este, teu charme

Tua tendência a almirante

Em um mar do teu perfume

Te preocupas, no entanto

Se ao tua ancoragem soltar

Não vira o cais inteiro a desabar

“Meu Deus, imagine o pranto!”

Pedro Pazzini
Enviado por Pedro Pazzini em 18/03/2021
Código do texto: T7210220
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