A almirante e o Mar
Apátrida, tu és
Mulher sem lar
Ainda procura chão pra por teus pés
Mas por enquanto só, borboletar
Sonhas com o horizonte
Não estar, é um fetiche
És ambulante
Mas usas máscaras de papel machê
Te imagino velejar
Um belo barquinho, um pôr e só
Agradece não precisar
Pensar no teu nó
Veja, curiosamente
É este, teu charme
Tua tendência a almirante
Em um mar do teu perfume
Te preocupas, no entanto
Se ao tua ancoragem soltar
Não vira o cais inteiro a desabar
“Meu Deus, imagine o pranto!”