Na chuva...
Lá fora a chuva cai como música lenta.
Ouço o barulho sincronizado da água.
Entre relâmpagos e trovões ela cai.
E eu entre o barulho e meus pensamentos
fecho meus olhos imaginando voce.
Cabelos grisalhos e fartos, olhos marcantes.
No rosto um sorriso lindo, mesmo com a barba
por fazer e o bigode habilmente cultivado
que torna teu rosto extraordináriamente belo.
E eu te vejo sério e sorrindo um mistério.
A chuva continua a cair ainda sincronizada,
me dispo das minhas roupas e dos meus sonhos.
Do chuveiro a água morna cai e abraça meu corpo
enquanto minhas mãos espalham o sabonete
que deixa em mim um suave perfume de jasmim.
Minhas mãos me fazem atravessar as barreiras
do "não sei onde" até chegar a voce de corpo
colado ao meu, abraçando-me e se esfregando
em mim... corpo que agora é só teu.
A chuva diminui e eu me perco em orgasmos
pensando no que voce perdeu!