Preciso falar!...

Rasurar os seus tímpanos para não viver insistindo nesta ida sem saída!

Escorrer nos seus olhos nem que seja a derradeira sensatez que eu faça nesta vida, 
nesta volta!

Fixar nos caminhos lembretes de tudo que foi feito e não ocupou lugar relevante em suas observações!

Talvez eu nem precise mais repetir os tantos dizeres que desaconselham as falas epigrafadas em cada gesto e substrato do meu ser!...

Não adianta inclinar-me para a fonte que manteve viva a chama de um grande amor, 
mas que o fogo ardeu os olhos de tanta espera e 
desagregou o substancial da singeleza do meu ser!

Vou reescrever a nossa história no singular!

©Balsa Melo

20.02.06

Cabedelo - PB