a vida é fera, nós somos lobas
geral, sem motivo aparente
quase um mês sem nascimentos de sentimento
escritos, não descritos,
faltam lamentos, talvez seja isso...
não é difícil falar de você, pelo contrário
mas melhor mesmo é te ver, te tocar, te rever
seu sorriso cheio de dentes e seu abraço que me guarda e me apaixona
um mês da gente compartilhando a vida e 1 mês sem poesia minha.
minha vó se foi numa segunda há uma semana um enterro choroso
sorriso sem dentes murcho de uma senhora doce calejada pela vida
de uma fera que grita. gritava.
eu sou uma fera viva, nesta época do mês que pira e gira e se refaz por cima das cinzas
pouca terra ou muita terra, depende do copo
da xicara meio cheia, não meio vazia. azul que eu aprecio
um vermelho sangue prestes a descer, nenhum nascimento
de nenhuma poesia
pouca ânsia, graças a deus?
geral, com motivos transparentes incapazes de serem vistos
sentimentos confusos,
emoções sentidas, passadas, sem remoer
eu cansei de correr!
tenho andado bem, com o amor por perto e nem a morte me aperta
desde cedo gostei de observar as covas pela janela,
as casas subiram e encobriram o cemitério
em quantas facetas a paixão é capaz de se transformar?
muito poema e pouca alegria
muita alegria e nenhuma poesia escrita minha
mas tanto amor ainda pra dar...
quanta saudade você ainda fará até nos acostumarmos com a ausência
que saudade de você já em poucos dias sem sua presença
mais dias pela frente para se ausentar.
parei de me afogar, perpetuo outras nascentes, trilho por outras ramificações
mulher como uma fera que aconchega e se mantém alerta,
em geral, olhando o que passou e repensando tudo sem categoria especifica é um comemoração pelas vitórias e conquistas, mas dedicatória pela sua ida, poesia de vida mas de morte e visualmente lírica. depois de uma pausa pra respiros e ações contínuas.
o arrependimento dói, o amor não.
já é 15 de março, até agosto! em geral, ainda sem nenhuma canção.