Não vejo mais estrelas

Não vejo mais estrelas

Quando fito o teu céu.

Noto alguns fantasmas,

astros envoltos em véu,

coisas mal formatadas,

rascunhos postos ao léu,

como se fossem as chamas

decadentes d'algum fogaréu.

Não vejo mais estrelas

No teu ou em outro céu

E se imagino ver cometas

rodopiando em piruetas

Dirão que as luzes amarelas

que vê são de seres doutros.

Esse engano, não mais cometas

pois são vaga-lumes, apenas.