ELE ME FALOU DE SAUDADE
E eu sempre quero aquilo que poderia ter sido,
permanecido
em anseios devaneios em círculo, como se há de ser esse papel de viver.
Sinto. Voltar para casa talvez salve, enxergar pessoas,
até seus silêncios, absortas em suas leituras – porém, silêncios
– Lembrei: Ela também me dizia me fazia e ensinava, naquele tempo, a compartilhar silêncios. Isso é romance,
aqui é só vestígios.
Seguimos, então, nesses pequenos ecos de nostalgia e ainda bem: amigos me mandam notícias e falam de saudades, outros tempos, anacronismos e poemas manchados de vinhos.
É bom viver.
Melhor: só conversar, sentar e observar as pequenas mortes junto de um velho amigo.
Há vida: essa engrenagem das memórias dos que ainda se vão...