MEU NOME É EDSON!...
- “A Pátria desarmada não quer assim!”,
resmungou o candango, ouvindo o pasquim
na televisão de um empoeirado botequim.
Pensou, até topar o cardápio do Joaquim.
A revolta o fez comer como um mandarim
bebeu uma, duas, várias doses de gim.
A mão bêbada puxou do bolso do brim
a folha do bloco da filha, amassada e ruim:
- “Um homem só não pode a isso por fim!
A Pátria armada subirá contra ele e eles,
trará o feito à ordem, tintim por tintim.”
Sorveu o derradeiro gole da bebida reles,
saiu fazendo os gestuais de um arlequim,
caminhando trôpego por entre aqueles
conhecidos arbustos do Parque Nacional,
até tropeçar em uma meretriz chinfrin.
Caiu no colo regado a “Cabotine de Grès”
e acordou remexido, sem os borzeguins.
Na folha, um escrito em tinta nanquim.
Meu nome é Edson!...