VIDA VIRTUAL

Entre vitrines e telas

a vida vira outra coisa

que não respira,

que não transpira,

que não pulsa,

e, nem mesmo,

tem extensão.

Viver agora é fazer circular informação,

virtualizar a ação,

reproduzir opinião,

afirmar tendências e binarismos

até o limite dos algoritmos.

Entre vitrines e telas

a vida segue em branco

no vazio dos simulacros

onde o dado inventa o fato.