A nuvem.
Nuvem louca, negra vida…
A terra seca te espera,
sedenta abre a ferida
e a tua água venera…
Mas essa água não vem
e a terra morre aos poucos…
Dá toda a vida que tem,
em sinfonia de loucos.
A terra quer dar a flor,
como da nuvem precisa…
De sua água e amor,
ou nunca o sonho realiza.
Porque a nuvem foge louca,
vai perder-se no deserto…
Preciosa água que é pouca,
perde-se ali bem perto.
Já sem a agua preciosa,
desvanecida no vento…
Essa nuvem tão formosa,
ficará no pensamento.
António Zumaia
Sines – Portugal