A Conquista
Pode o vasto prado ser verdejante
E o pomar eclodir livre e abundante
A Mãe Natureza não opera milagres
Quando a tristeza invade as tardes
Nem todos os peixes que há no mar
Podem saciar a fome de conquistar
E mesmo cercado da salgada água
O homem morre de sede e de mágoa
Não creio que haja intenção de sofrer
Mas esmorecer é forma de favorecer
Permitindo que fantasmas assombrem
Engolindo todos os sonhos do homem
O germe da mudança vem de dentro
Nele está sua origem, seu nascimento
Depois cuidar do broto da esperança
E assim aos poucos a paz se alcança
Sim, o homem é seu verdadeiro herói
Sentar e esperar resgate não constrói
Terá seu prado, pomar e sua pesca
Com dever cumprido e alma em festa.