Hipertrofia do tempo

Vamos aquecendo os corpos

Talvez amanhã tenham medo

Minha carne, em sua mente padeço

E corro à pesos por esse enredo

Ou talvez não seja hora

Não seja hora de nada

Pode ser que esse agora

Seja a missão não conquistada

Dentre a falta de vontade

De mudar de objeto

Nesse grito tão discreto

Só quem ouve não se cala

Talvez venha depois,

Pois quem sois, está à frente

O agora que te mede como gente

E o amanhã te espera, sempre a dois

E o tempo vagando como sempre

Na carne do teu Eu bom, e o demente

Na espreita de um momento

Que não se faça ausente

Nesse corpo que quer tudo

E grita sempre, torrente ao mundo

Onde está a beleza reluzente?