Redemoinho de sol
distraído, não repara meu vestido. não zanga, não causa discórdia em meu campo de paz. Quando seu olhar sai cedinho para comprar cigarros, veneno e fogos de artifício. exagerado e inacreditável, desfila como se fosse dono do mundo, bajulado pelos bares, da noite mais perfumada, dançando por toda parte com a cabeça transbordando azul cobalto profundo em dias claros, destilando um ar reverente na frase. Quando volta, o homem que eu amo traz os olhos enfeitiçados, purgado de crime e castigo, e uma pele por nascer. Furioso e profano, diz que o vento rasgou a bainha da sua calça. O sol vai ficando encharcado de chuva, a dor escondida dobra-se como noite sob o baind-aid agudo, pronta para florescer ao primeiro sinal de umidade, causando um redemoinho de sol no colchão. Como uma dor de dente que me falta.