BORBOLETAS BRANCAS (3): Flor de vidro e de pau
Mistura um pouco de dor e sofrimento,
Junta a beleza da poesia e do lamento,
Torna-se numa harpa quebrada o vão momento,
De relembrarmos da morte e do esquecimento.
Semeie suas palavras em solo fértil.
Escave a alma até nela achar algo certo.
Corra o mais rápido possível, se és esperto,
E da morte, em fuga, estarás... perto.
Inverta as horas do relógio do seu pulso,
Modele suas regras morais e o que achar justo,
Esqueça tudo o que tu tens, até do custo.
E deixe o tempo te tragar qual uma locusta.