VIVÊNCIA
Andei sobre “rosas” e “espinhos”,
Mas aprendi fazer meus “ninhos”
Em conformidade ao bom viver.
Vivi “tempestades” pavorosas
E foi nas horas desastrosas,
Que maior aprendizado, absorvi.
Cresci cercado de “venenos”
E sem pender pra mais ou pra menos
Não me envenenei.
Eu simplesmente voei
Em direção à beleza do amor.
Também bebi de um “cálice” amargo,
Mas busquei ocupar o sublime cargo
De uma pessoa de bem.
Quando vi as “flechas” dos vícios,
Tampei todos os “orifícios”
E apaguei todas as “tochas”
Cercando-me das “rochas”,
Minhas defesas até hoje.
Uma vivência de altos e baixos,
Mas nunca me prestei a esculachos;
Porque os que vivem cabisbaixos,
Não podem enxergar à frente.
Venci! Venci o medo
Venci até o triste enredo
Das quedas, das pedras,
E das erradas veredas
Que a nada levam.
Ênio Azevedo