"O SER BRUTO" Poema de: Flávio Cavalcante

O SER BRUTO

Poema de:

Flávio Cavalcante

I

O ser bruto que não deixa esmorecer

Homem brabo do tranco e barranco

Braço forte que não admite estremecer

Do fogo, ferro fundido, aguenta o tranco

II

A fortaleza mais invencível da esfera

Resistindo às enfermidades epidêmicas

Resistindo também às adversidades da era

As chagas abertas por farpas endêmicas

III

Surreal é o que sabe do erro e não quer aprender

Como um asno que não quer enxergar os lados

Trabalha desde a aurora até o alvorecer

Levando no lombo os mais pesados fardos

IV

Chicotadas marcadas em estrias ardentes

Pra ver se o ser bruto acorda pra vida

Aproveita a oportunidade de plantar as sementes

Limpando seu espírito, cicatrizando a ferida

V

Assim o perdão é certo e a missão será cumprida

Os anjo irão cantar e proclamar sua vitória

Farão sua cama nos céus pra hora da sua partida

E ficará seu nome marcado pra sempre na história

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 28/02/2021
Código do texto: T7195459
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