Dúvidas

Não sei se quando o mundo parar

De contornar a minha cara,

Não sei se serei alguém além

Do apenas domínio sobre a tara.

 

Alguém que guardou papéis virgens de leitura,

De traços de comportamentos,

E despejou em letras, gotas de amargura,

De molhar a terra com a face esfregada.

 

Não sei se serei um para sempre para alguém,

Alguém de pisadas pesadas amassando o chão,

Alguém leve como sombra fresca de árvore,

Apenas não sei quem me arquivará no coração.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 28/02/2021
Código do texto: T7195403
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