O crepúsculo do dia surge
O crepúsculo do dia surge
Suave manhã que inicia
O crepúsculo do dia surge
E ofusca a noite calma
As desavenças mentais deram um tempo
Certa trégua se faz sentida
As brigas comuns entre o ego e a razão
Traem conscientemente meu coração
As doces lembranças da noite calma
De tão clara, que nem a coruja aflora
O santo e o demônio zombam de minha insônia
Enquanto o crepúsculo da manhã assoma
Os reveses da derrota inexistente
Qual simbolismo magístico
Dizem à mente “suicida-se”
Mas qual, o crepúsculo da manhã surge
O crepúsculo da manhã surge
E lembra-me à Vida intensa
Que outrora vive com amor
Sem a sensação de falhanço
O crepúsculo dá-me boas-vindas
Num alvorecer irradiante de luz
Que dissipa as trevas mais densas
Escondidas no canto mais sombrio da alma
O crepúsculo da manhã surge
Trazendo as boas novas do esquecimento
Anunciando novo, e de novo, anoitecer
Que me será cama aconchegante
Para, pela primeira noite, adormecer
O crepúsculo da manhã surge